ESTRELA NUA

ESTRELA NUA

Eu que me sirvo de um banquete para o qual não fora convidado

Cometo todos os pecados do mundo mesmo duvidando em ser perdoado

Que acordarei amanhã com a inglória sensação de não tê-la ao meu lado

Que sentirei nos ombros o peso da cruz de mais uma passo dado errado

Que verei teu rosto, sentirei teu cheiro e no rosto dar-te-ei um beijo

Estrela nua, clara como a lua, radiante como o próprio desejo

Jóia rara, pedra preciosa...maravilhas que eu vejo

Sentinela da dor, poeta do amor, pelos cantos rastejo

Monturo da vida, escravo da morte, bastardo da sorte

Me entorpeço diante de sua presença e faço dela consorte

Beijar-te a boca, envolta em um abraço bem forte

Sonhar em ao teu lado desenharmos nosso próprio norte

Me entregar a loucura já complacente

Revelar-me na verdade incoerente

Possuir teu corpo de forma inconseqüente

Invadir tua alma e dar-te minha vida como presente

Abrandar meu espírito diante da tua calma não contestada

Desfalecer-me em teus seios...sonhado com a paz tão procurada

Dizer-te em versos, traduzidos em gestos o quanto é amada

Querer-te hoje, menos do que amanhã e mais do que na noite passada.

Sérgio Ildefonso Maio/2004

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Sérgio Ildefonso
Enviado por Sérgio Ildefonso em 14/09/2010
Reeditado em 15/09/2010
Código do texto: T2498533
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