TODA SOZINHA...
TODA VOCÊ...
Outra vez eu tinha de
pensar naquele amor que ia socapando-me como se
tivesse neste fim de dia...
algo a ver com isso.
Sua beleza hoje me
confundia os olhos
Mas de seus lábios hoje
carmins
Sua voz havia partido
em seus sonhos...
Sua juventude era notável,
e feita de uma energia
que em mim
chegava como se fossem
fagulhas.
Que ia recolhendo em minhas impressões,
para logo concluir que ela
crescera demais da conta,
E que seu modo se
sentir a vida já
amadurecera tanto,
que me sentia levando
em mim esse
seu borbulhar de
maturidade,
mesmo não chegando
a compreender
onde ela já pusera a
juventude
que nela ainda vivia.
Então tive de considerar
que ela se nutrira de suas
mais belas aventuras
onde meus passos apenas
viam os dela
e que percorriam a senda
de seus desejos e vontades...
Ela agora trazia de longe o
seu calor
E tudo o que me dizia fazia
sentido
Porque sabia que eu a
entenderia
Mesmo que fosse nas
frestas do entardecer
Onde nossos pensamentos
se cruzavam
Sem mais medir a linha
do horizonte
Agora viajávamos os dois
sobre os nossos sentimentos
E nem se falava de amor ou
mesmo a desejada paixão
Porque nem era mais
necessário utilizar as palavras.
E nossos corpos nem eram
mais corpos.
Eram apenas uma luz difusa
que perpassava os nossos
desejos
mais profundos.
Seguia a noite rodeando as
minhas palavras
Que se esgotavam uma a
uma para
Te agradar...E então repente,
inesperadamente...
você surgiu no céu como uma
bela lua, redonda,
branca e nua.
E logo cobriu meus olhos com
teu intenso brilho.
E então eu entendi...que
você era
a lua que eu amava ...
a lua que eu desejava.
Lá distante...bem distante...
pendurada no céu.
Toda sozinha...toda você...
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Autor:Cássio Seagull –
Poesia que fiz em 12-09-20 – 18 h- SP
Lua nova – sol – 22 graus
Beijos e abraços para você...boa semana...
cseagull2@hotmail.com
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