Alude

Teu olhar é miragem,

Quimera, alucinação.

Teu corpo um santuário

De milagres e emoção.

Teu ser moldado

Com tanta perfeição.

Tua pele aveludada,

Adorno do meu coração.

Tua imagem na minha paixão,

Regato da intimidade.

Quando se perde a razão

Aumenta a saudade.

Alguém que fere e chama

Por um fogo ausente.

Está com frio, reclama.

De calor é carente.

Caminho impossível,

São cruzadas da vida.

Quando nada é aprazível.

É a dor da eterna despedida.

Helmuth da Rocha
Enviado por Helmuth da Rocha em 12/09/2010
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