PALAVRAS-LÁGRIMAS
Como se fosse uma criança cega
Me deixei conduzir, aos tropeços
Para longe de ti.
Quando conta me dei
Havia uma barreira entre nós
Um fosso abismal
Que chupava neve
Que tragava rios colossais
Alargando a imensidão que nos distava.
Eu era só frio, e a noite precipitava
Como se fosse uma cortina de sombras
Ou um véu fúnebre
Que desbotava, as palavras-lágrimas
Emudecia minha boca e
Te calava
Ou se preferes, tua doce boca
Na minha se azedava
Na estação da despedida.