QUEM ME DERA 
 
Quem me dera não fora um amor tão fugaz
e houvesse durado por toda eternidade,
conhecer-te então, como eu na mocidade,
não teria sido uma missão tão pertinaz
 
Porém, eis que nos liames da saudade
a sentir a mágoa que hoje o tempo me traz,
ao pensar que daquele amor fui incapaz,
é um sentimento que todo o meu ser invade
 
Vozes do tempo, ouço a todo instante
numa cobrança real, num martelar constante.
Grito de animal ferido!  Rugir de besta voraz!
 
Cruel e avassalador fator de culpabilidade,
embora eu saiba que foi só a fatalidade,
mesmo assim meu coração não pulsa em paz.
 
 
 
 
 
 

 
 
 


Vinícius Lena
Enviado por Vinícius Lena em 09/09/2010
Reeditado em 23/09/2011
Código do texto: T2487490