Eterna, Musa Minha
Ah! Toada minha, venha...
Venha navegante das brumas,
Deixando no céu de todas as estações
Tuas odisseias letradas em amor!
Aporte aqui, citara melodia,
Neste porto, nesta folha sem pautas,
Saudando nossos astros
Com teus murmúrios amiúdes,
Em sofreguidão!
Deleite-te nas estrelas
Sempre chão do caminhar, Cinderela...
Místicas aos ventos,
Humana pelos raros perfumes
Alforriando o destino do coração!
Sinta-te em lamentos
Vestida em camisola de seduzir, quimeras...
Dos Alpes erguidos n’alma
Nos traços moldados na cor de rosa flor,
No verbo que veio da imensidão!
Auber Fioravante Júnior
26/08/2010
Porto Alegre - RS