VESTI-ME PARA MEUS DOIS AMORES
Quando pequena, corria num vestido branco,
Por um lindo jardim, atrás da felicidade...
Ele me pegava no colo, rodava comigo e eu sorria num grito feliz.
O tempo passou e hoje ainda corro, buscando a felicidade em abrir os braços,
Olhando para você e sorrindo...
Quando o conheci, o vi correndo para me pegar,
Senti que nós não conseguiríamos viver separados,
Precisávamos um do outro para nos completarmos.
Quando juntos, parecíamos estar de braços abertos,
Sorrindo de felicidade...
Quando seu corpo sentiu o meu, feliz, sua alma jurou-me amor
E quando nos amamos juntos, gritamos, nos fazendo apenas um.
De repente, passam os dias, os meses...
Vejo-me correndo, num vestido branco, para encantar seus olhos,
Você, correndo atrás, para me pegar e num grito de felicidade, ouvir:
“Te Amo”!
Quando penso, até choro...
Nas memórias de um tempo perdido, guardo-me das ambições dos
sonhos futuros,
Guardo-me da roupagem de tentar ser infeliz ou de buscar ser feliz...
Esse amor permitiu me vestir com o vestido de um passado,
De uma estação, de uma época em que corri para a felicidade
E fui pega no colo, num grito de criança feliz, amada pelo meu pai,
Onde um amor incondicional, verdadeiro e único, girou-me em seu colo...
O vestido branco será guardado com carinho, como esse amor que resguardo,
No aguardo de alguém que nunca vem, mas que sonhei em me vestir de amor,
Num jardim só para você, meu bem...
Adriana Leal
Revisado por Marcia Mattoso