Corpo proibido

Sentado à beira-mar

Contemplo teu corpo espelhado n’água

Nas ondas que vem e vão

E ao carregá-la para longe,

Meus olhos se perdem no horizonte

Da imensidão.

Recolho conchas na areia

Ao mesmo tempo que corro com os pés desnudos

Ao ouvir sua voz. Trazida pelo vento forte

Que sopra o Atlântico.

Com passos largos e temerosos

Deslumbro o frescor da noite que se aproxima

Sem pensar nos perigos que a mesma me alcança.

Quero apenas lembrar-me de ti

Do desenho de seu corpo nu

Deitada numa rede de bambu

Enquanto enfeitiçavas o meu olhar

E paralisava o meu ser.

Ah!!! Se ao menos eu pudesse tocá-la

Corpo proibido

Que apenas se transforma em um ser

Na minha memória...

Lembranças de que e um dia, eu amei

Um corpo proibido

George DAlmeida
Enviado por George DAlmeida em 09/09/2010
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