Era assim, sonhava...
Era apaixonada,
Fazia-se feliz,
Em meio a tristeza, que
Teimava em não sentir;
Vento ou ventania,
Sentia brisa em seu olhar;
Ora chorava, ou sorria,
Emoção e calmaria;
Menina pequenina,
Mulher cristalina,
Conversava com a Lua;
Faces e fases,
Tinha uma loucura sã,
Numa lucidez louca;
Apostava nas respostas,
Que nunca ouviu e o
Frio ocupava os espaços,
Nos passos que
Não conseguia andar;
Sofria, num eterno engatinhar,
Caminhava porque sabia amar;
Perguntas ? Respostas ?
Desistiu de decifrar,
Nunca de sonhar, sonhar,
Amar, amar e amar.
Marisa de Medeiros