Dedilho no violão
A inocência presente na infância.
Tento buscar na sonoridade das cordas
As notas que deram o tom perfeito
Aos sonhos que um dia alimentei.
Quando tocar uma canção,
Estarei dedilhando os anseios
Dos acordes perdidos
Na inconseqüência do tempo.
Poetisa - Elizabeth F. de Oliveira
Creia beija flor;
O sonho é infindo!..
Inda busco, o acorde que desperte,
a musicalidade
Na minha'lma reticente.
Dos sons dos céus tenho carência!
Neste nosso mundo horizontal , medram ciências;
Nenhuma me dota de paciência,
Nenhuma me ensina a clemência,
Nenhuma desperta os sons do bem ancestral.
Inda busco a sonetto que me redima do mal,
Que verseja em dores diversas na minh'alma invernal
Sou em rimas complexas, carregadas de insonso sal,
Que nada preserva, senão o já rimado mal.
Quem és tu? Quem eu sou?
Qual a sonata que nos encantou?
Em que tempo, fomos musica?
E para qual orquestra o arquiteto dons sons
divinais nos criou?
RABE
iMAGEM: www.amorouequilibrio.blogspot.com