Dedilho no violão

A inocência presente na infância.

Tento buscar na sonoridade das cordas

As notas que deram o tom perfeito

Aos sonhos que um dia alimentei.

Quando tocar uma canção,

Estarei dedilhando os anseios

Dos acordes perdidos

Na inconseqüência do tempo.


Poetisa - Elizabeth F. de Oliveira



Creia beija flor;

O sonho é infindo!..

Inda busco, o acorde que desperte,

a musicalidade

Na minha'lma reticente.


Dos sons dos céus tenho carência!

Neste nosso mundo horizontal , medram ciências;

Nenhuma me dota de paciência,

Nenhuma me ensina a clemência,

Nenhuma desperta os sons do bem ancestral.


Inda busco a sonetto que me redima do mal,

Que verseja em dores diversas na minh'alma invernal

Sou em rimas complexas, carregadas de insonso sal,


Que nada preserva, senão o já rimado mal.


Quem és tu? Quem eu sou?

Qual a sonata que nos encantou?

Em que tempo, fomos musica?

E para qual orquestra o arquiteto dons sons

divinais nos criou?




RABE

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Olimpio de Roseh
Enviado por Olimpio de Roseh em 08/09/2010
Código do texto: T2486276
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