Quem Sabe...



Ah! O amor...
Desvairado amor
Que embala, perfuma, acalma
Que arrebata, enlouquece, fere, sangra a alma...
Ah! Esse vazio em mim...
Que maltrata e me deixa assim
Sem chão, sem visão
Com imensa dor no coração...
Esquecer-te seria a solução
Mas o que fazer?
Esse amor desconhece a razão...
Só quer amar, e não se importa
Se dilacera a poeta sem dó nem compaixão...


Vou mergulhar no silêncio
Tirar férias de mim...
Quem sabe assim o amor compreenda
Que amar é se entregar em liberdade
É se doar sem maldade
É perdoar acreditando que a sinceridade
É a maior prova de um amor pueril...
Quem sabe o silêncio o faça de vez enxergar
Que respiro e vivo esse sentimento...
Quem sabe você ouça o sussurrar da brisa
Que baixinho pranteia minha dor...

Quem sabe você se achegue com ternura e calor
Ao saber que é seu o meu amor...
Quem sabe...







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