SEM RUMO, SEM PRUMO, EM CIMA DO MURO
SEM RUMO, SEM PRUMO, SENTADA NO MURO...
Por um momento,
Congelei o sentimento,
E deixei cair no esquecimento,
O ritmo pulsante de vida,
Dentro de minhas entranhas.
Para me sentir totalmente
Estranha,
Sem manhas,
Quem ganha?
Definitivamente,
Silenciosamente,
Escorreguei,
Para fora da mente.
E tão sem rumo,
Sem horizonte,
Sem prumo,
Sentei-me em cima
Do muro.
Ainda era noite,
Um pouco no escuro,
Espiei os campos
Floridos, orvalhados,
Um vento ainda frio
Passada com suas
Frias lufadas
Fugindo do nascente
Sol vigoroso
Que trazia
Em seu dorso
A esperança fogosa
Da poderosa
Primavera
Que ressurgia
Em minha pseudo
LETARGIA