RENITÊNCIA
E eu plantei um sonho,
Semente escolhida lá nos idos devaneios de ainda menino.
E escolhi terra fértil para semear,
E reguei todos os dias a semente do sonho que arrebentava na terra,
Que rompia o tempo, no tempo.
Reguei com esperanças, planos e convicções,
E a árvore do meu sonho apontou da terra,
E crescia, vagarosa e vigorosamente...........
Quanta tormenta resistiu,
Ventos que pareciam findá-la,
Envergando-a quase ao chão.
Por vezes até a esquecia,
E ela vingava, crescia, viçosa,
E noutras vezes eu até descansava à sua sombra,
Que de tão formosa, até acalantava desilusões.
Até fortalecia as convicções,
Até perfumava a esperança,
Até me protegia dos meus rompantes.
E quanto eu a olhava ao longe,
Que orgulho que dava do meu sonho,
Que eu havia depositado naquela semente,
Que agora já era uma árvore sombreira,
Embaixo de quem eu reafirmava minha estrada, meu norte,
Certo de que ela um dia me daria flores lindas,
Feita aqueles Ypês na beira das estradas.
Certo de que dela viriam frutos,
Que seriam doces nutritivos,
Que alimentariam para sempre,
Toda minha ainda longa vida.
E de repente, inesperadamente,
Num rompante de agosto, primavera por chegar,
Ela se enche de flores, que me encantavam, que me fascinavam....
E eu me embebedei no perfume das suas flores,
Nas suas cores, na sua candura,
E contava com seus frutos,
Os frutos do sonho de menino.
E eis que num repente da vida,
Num desatino de final da mesma primavera,
As flores se esvaem levadas pelos ventos frios e tristes,
Levando consigo até as folhas,
Sobrando galhos secos somente,
Donde brotaram espinhos que feriram minha alma,
Que me fizeram sangrar, e que ardeu, como ardeu.
Mas não faz mal, já não lamento,
Tirei das minhas entranhas outra semente,
Que plantei novamente
Que adubo todos os dias,
Com o calcário fértil da minha insistência,
Que rego todos os dias,
Com a seiva da minha persistência,
E com a brisa cálida e morna
Que se forma da minha renitência.
E eu plantei um sonho,
Semente escolhida lá nos idos devaneios de ainda menino.
E escolhi terra fértil para semear,
E reguei todos os dias a semente do sonho que arrebentava na terra,
Que rompia o tempo, no tempo.
Reguei com esperanças, planos e convicções,
E a árvore do meu sonho apontou da terra,
E crescia, vagarosa e vigorosamente...........
Quanta tormenta resistiu,
Ventos que pareciam findá-la,
Envergando-a quase ao chão.
Por vezes até a esquecia,
E ela vingava, crescia, viçosa,
E noutras vezes eu até descansava à sua sombra,
Que de tão formosa, até acalantava desilusões.
Até fortalecia as convicções,
Até perfumava a esperança,
Até me protegia dos meus rompantes.
E quanto eu a olhava ao longe,
Que orgulho que dava do meu sonho,
Que eu havia depositado naquela semente,
Que agora já era uma árvore sombreira,
Embaixo de quem eu reafirmava minha estrada, meu norte,
Certo de que ela um dia me daria flores lindas,
Feita aqueles Ypês na beira das estradas.
Certo de que dela viriam frutos,
Que seriam doces nutritivos,
Que alimentariam para sempre,
Toda minha ainda longa vida.
E de repente, inesperadamente,
Num rompante de agosto, primavera por chegar,
Ela se enche de flores, que me encantavam, que me fascinavam....
E eu me embebedei no perfume das suas flores,
Nas suas cores, na sua candura,
E contava com seus frutos,
Os frutos do sonho de menino.
E eis que num repente da vida,
Num desatino de final da mesma primavera,
As flores se esvaem levadas pelos ventos frios e tristes,
Levando consigo até as folhas,
Sobrando galhos secos somente,
Donde brotaram espinhos que feriram minha alma,
Que me fizeram sangrar, e que ardeu, como ardeu.
Mas não faz mal, já não lamento,
Tirei das minhas entranhas outra semente,
Que plantei novamente
Que adubo todos os dias,
Com o calcário fértil da minha insistência,
Que rego todos os dias,
Com a seiva da minha persistência,
E com a brisa cálida e morna
Que se forma da minha renitência.