EU TE PERDÔO
JB Xavier

...e se perdoar é o próprio ato de viver,
por que não nos perdoamos e renovamos a vida
fazendo da tristeza do sofrer
um ato solene de alegre despedida...
...da dor?

...e por que um ao outro não nos reconfortamos
se as carícias são o melhor bálsamo para a solidão,
se a solidão é apenas a saudade do que amamos,
apenas o vazio da alma refletido no coração...
...a saudade?

...e por que não esquecemos o que não pode ser mudado,
por que sofremos pelo que está escrito e dormente,
se sabemos que fomos nós mesmos que escrevemos nosso passado
com audácia imatura e inconsciente...
...Inconsequente?

...portanto vem, desliza teus dedos pelos meus cabelos,
e deixa-me deslizar meus dedos pelos teus...
porque quero ver o revoar dos passarinhos, e não vê-los
é renegar os presentes que ganhamos de Deus...
...o Amor....

* * *

I FORGIVE YOU

... And if forgiveness is the proper act of living,
why can not we forgive each other and renew the life
making the sorrow of suffering
a solemn act of joyful farewell...
... Of pain?

... And why each other does not comfort us
if caresses are the best balm for loneliness,
if the loneliness is just the longing for what we love,
only the emptiness of the soul reflected in the heart...
... Yarning?

... And why does not we forget what it can’t be changed,
why does we suffer for what is written and dormant,
if we know that we ourselves have written our past
boldly, immaturely and unconsciously...
...inconsequential?

... So come, slip your fingers through my hair,
and let me to slip my fingers through yours ...
Because I want to see the mating of birds, and do not see them
is to deny the gifts we receive by god…

...love....

* * *