MENTIRA
Dissimulado amor me ofereceste,
Envolto nos avessos do bem querer,
Simulada paixão, forjados desejos,
E eu acreditei e amei sozinho.
Amarguei a verdade, quando aflorada,
Gosto de fel sentido pela alma dolorida,
E me vi como trapos jogados na sarjeta,
Das ruas imundas de uma vida fingida.
Fingir amor é usurpar a fé alheia,
E eu me dei, crente da reciprocidade,
E tantas vezes me senti menino eu teu colo,
E joguei toda minha sorte nas tuas palavras.
Dei-me inteiro, cego e sem tato,
E tu me beijavas olhando a esquina,
Não senti as inverdades dos carinhos ditos,
Pois te beijava de olhos cerrados e te via inteira,
Com a cega visão que meu coração ditava.
Já não me sinto tão roubado,
Mentiste amor, mentiste pra ti,
Amei de verdade, vivi um amor,
Logrei o gosto colorido de amar,
E tu carregas o fardo da mentira.
Dissimulado amor me ofereceste,
Envolto nos avessos do bem querer,
Simulada paixão, forjados desejos,
E eu acreditei e amei sozinho.
Amarguei a verdade, quando aflorada,
Gosto de fel sentido pela alma dolorida,
E me vi como trapos jogados na sarjeta,
Das ruas imundas de uma vida fingida.
Fingir amor é usurpar a fé alheia,
E eu me dei, crente da reciprocidade,
E tantas vezes me senti menino eu teu colo,
E joguei toda minha sorte nas tuas palavras.
Dei-me inteiro, cego e sem tato,
E tu me beijavas olhando a esquina,
Não senti as inverdades dos carinhos ditos,
Pois te beijava de olhos cerrados e te via inteira,
Com a cega visão que meu coração ditava.
Já não me sinto tão roubado,
Mentiste amor, mentiste pra ti,
Amei de verdade, vivi um amor,
Logrei o gosto colorido de amar,
E tu carregas o fardo da mentira.