AMOR FANTASMA

Esse amor fantasma
Que anda trôpego
De forma incólume
Em noites de açoite
Em dias de folia
Com arrelia e nostalgia
Arrastando correntes
Rompendo elos
Desenhando eros
Quase num deboche
Num grogue aperitivo
Destilado palavra a palavra
Entre mágoas e aclamações
E assim esse fantasma
Na forma do amor
Percorre meu ser
Escurece meu viver
E deixa um gosto que não é doce
Nem amargo, nem de cerveja ou cigarro
É o gosto de barro de algo moldado
Por ceramista aprendiz e que por um triz
Não vingou
E assim me vou seguindo nessa estrada
Eu e esse amor-fantasma que por nada me larga
Dispersos e atados no desejo por uma casa bem assombrada.
Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 04/09/2010
Reeditado em 15/04/2020
Código do texto: T2477978
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