Inviolável
[ou do indecifrável espanto de não te apaixonar]
Quando tiverdes os olhos vazios, os passos pesados, a alma cheia.
Quando estiverdes eco, encoberto.
Quando estiverdes fático, concreto.
Quando quiserdes silêncio, [trago de] cianureto.
Quando não quiserdes nem mais lembranças, só subnutrir-se de esperanças...
Amorteça com poesia tua mente lógica.
E num golpe certeiro,
quebranta o impostor.
Viola a caixa inviolável,
E vê se encontra na ilogicidade de ser,
Um pouco de amor...
[de certo encontrará, nem que seja uma pitada, dor...]
obs.: contraponto do texto Relicário de minha autoria. Poderia-se dizer que essa é uma versão "for men".