Algemas da alma!

Cai a noite, e com ela o silêncio!

Não um silêncio de vozes, de ruídos

Mas um silêncio de alma

Onde só quem sente percebe.

Não se ouve mais os barulhos do dia

A inquietação me incomoda, pois passo a pensar mais em você!

Corro para a rua e não me deparo com o nada

Apenas com o brilho das estrelas

E uma lua ofuscada por pequenas nuvens ao seu redor...

Tento me manter sóbrio, mas não da bebida ingerida no dia anterior

Mas ainda embriagado de amor e carinho.

Minhas mãos ainda trêmulas, tentam heroicamente segurar a pena

Pena que tantos rabiscos enfeitou meus pergaminhos

Esvaziando de dentro de mim essa angustia de não poder te tocar.

Meus gritos já não são ouvidos

Meu clamor...ah,meu clamor!

Me vejo só emparedado de solidão a tua espera...

Sempre a tua espera!

No rádio aquela música...

Uma simples canção

Letras primárias de um poeta igual

Com frases marcantes que nos causa um furor.

E o que adianta?

Deixo-me levar pelo silêncio

E embarco num só pensamento,

Esperar até o fim dos dias meus

O momento de poder dizer:As algemas de minha alma foram abertas pelo seu amor.

George DAlmeida
Enviado por George DAlmeida em 02/09/2010
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