Alma Cigana
Voa minha alma cigana, voa como o vento!
Livre! Dona do teu sonho, do teu coração!
É tua a decisão, sem limites teu pensamento!
És dona de ti... foste talhada para a paixão!...
Voa minha alma cigana... quero ver-te planar
Num voo longínquo, numa peripécia abismal.
Almas foram feitas... para viajar e amar!...
Dou-te licença... liberdade incondicional!...
Voa minha alma aventureira... além do infinito.
É preciso descobrir virginais e belas paragens...
Fazer de teu ser fluídico o amor ser espargido!
Extasiar a natureza com tuas festivas roupagens!
Voa alma minha, para longe deste nevoeiro,
Bem distante deste mortífero e vil punhal.
Voa que o destino é padrasto e traiçoeiro,
Dele... só receberás o mal descomunal!
Voa minha alma... leva-me em tuas asas,
Quero sentir toda a ventura de poder amar...
Extinguir do peito essa paixão que me arrasa.
Voa alma minha!... Ele está a me esperar!...
Depois?... depois é só voar... voar... planar!
Alimentar-me dele, beber dele, até o sol raiar.
Adormecerei placidamente em seu belo olhar,
Todas as dores e infortúnios... hei de enterrar!
Voa minha alma cigana... voa sem parar!
Nosso encontro será nimbado pelo luar!
Haveremos de todas as aflições abortar
Voaremos longe, além do céu e do mar!
Voa alma cigana... para tua orbe estelar...
Todos os deuses... o irão abençoar...
Festejando o amor, a beleza de amar!...
Chegou enfim, o momento de te libertar!
Mary Trujillo
26.08.2010
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