SOL E ÁGUA
Os teus olhos
Vêem-me – e eu
Os vejo.
O teu corpo me pede água.
E sobre mim, faz-se oceano
Uma vasta piscina
Âmbar, hélice que me adeja
Que me alimenta
Lâmpada explosiva
Que me deseja.
O teu veneno é poema
E me é riste na sala escura.
O teu fogo
É resina translúcida
Silábico fósforo
Que em meu azulejo flutua.
O todo teu
É tudo em mim.
Parede forte, as persianas
Papel modulando a tarde
A respiração, o sol que arde.
E tem hora
Que não sei o que dizer
Somente sei; que o ar do teu sol
É a amplitude, o cimento
A água além da tua rua.
E também sei;
Que sou varanda, pássaro na árvore
Arrematando a bainha da tua pele nua
Os teus olhos
Vêem-me – e eu
Os vejo.
O teu corpo me pede água.
E sobre mim, faz-se oceano
Uma vasta piscina
Âmbar, hélice que me adeja
Que me alimenta
Lâmpada explosiva
Que me deseja.
O teu veneno é poema
E me é riste na sala escura.
O teu fogo
É resina translúcida
Silábico fósforo
Que em meu azulejo flutua.
O todo teu
É tudo em mim.
Parede forte, as persianas
Papel modulando a tarde
A respiração, o sol que arde.
E tem hora
Que não sei o que dizer
Somente sei; que o ar do teu sol
É a amplitude, o cimento
A água além da tua rua.
E também sei;
Que sou varanda, pássaro na árvore
Arrematando a bainha da tua pele nua