O TRISTE FIM DO AMOR...

Fim!... Fim dos meus sonhos... Sei que eu morri...

(- Mas por que as reticências?...

Reticências pressupõem reminiscências

E este é o ponto final, já percebi!)

Foram mortos os meus sonhos. Esmagados.

Enterrados como a vida que eu não vivi.

Mas não terei mais olhos magoados:

A certeza mata... Mas sobrevivi!...

Farei um fogaréu feito dos sonhos

E de pequenas lembranças que guardei.

- Incinerado tudo! E não assoprarei

Nenhuma brasa! Quero dias risonhos,

Olhos serenos, não mais de quem procura,

Mas de quem se curou de sua loucura.

Veio o tempo da racionalidade

De ver com outros olhos; e a sensibilidade

De sufocar o pranto que não foi chorado

Trocando por sorriso, inda que machucado...

Ofertei tudo: a vida, a honra, o amor...

Não sendo aceito, não aceito a dor

De sofrer o que resta desta minha vida

Por uma oferta não reconhecida!

A lágrima se transformará em um sorriso...

E desta vida ainda irei sorver

Felicidade! (Que só pude antever...)

Inda serei feliz! E ainda haverá um riso,

Pois renasci neste final de amor

Matando sempre toda a minha dor!

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 31/08/2010
Código do texto: T2471370
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