O TRISTE FIM DO AMOR...
Fim!... Fim dos meus sonhos... Sei que eu morri...
(- Mas por que as reticências?...
Reticências pressupõem reminiscências
E este é o ponto final, já percebi!)
Foram mortos os meus sonhos. Esmagados.
Enterrados como a vida que eu não vivi.
Mas não terei mais olhos magoados:
A certeza mata... Mas sobrevivi!...
Farei um fogaréu feito dos sonhos
E de pequenas lembranças que guardei.
- Incinerado tudo! E não assoprarei
Nenhuma brasa! Quero dias risonhos,
Olhos serenos, não mais de quem procura,
Mas de quem se curou de sua loucura.
Veio o tempo da racionalidade
De ver com outros olhos; e a sensibilidade
De sufocar o pranto que não foi chorado
Trocando por sorriso, inda que machucado...
Ofertei tudo: a vida, a honra, o amor...
Não sendo aceito, não aceito a dor
De sofrer o que resta desta minha vida
Por uma oferta não reconhecida!
A lágrima se transformará em um sorriso...
E desta vida ainda irei sorver
Felicidade! (Que só pude antever...)
Inda serei feliz! E ainda haverá um riso,
Pois renasci neste final de amor
Matando sempre toda a minha dor!