SONHOS VAZIOS

Damião Cavalcanti

Tu lastimas tantas lástimas,
Reclamas o que não tens,
Desculpo por tuas lágrimas,
Ao desprezares o que ofereço,
Mas, esse vazio que abraças
Não merece algum apreço.
Papel consumido em traças
Sem poema , sem ninguém.
Se lamentas o que existe,
Que farás com o inexistente
Nesse amplexo tão fútil?
Serão sonhos , sempre sonhos,
Irreais, tão persistentes.
Apelo às flores como elos,
Prendo-me em ti como corrente.


SUEÑOS VACÍOS

Damião Cavalcanti

Te lamentas com tanta lástima,
Reclamas lo que no tienes,
Disculpo por tus lágrimas,
Aunque desprecies lo que ofrezco,
Pero, ese vacío al que abrazas
No merece algún aprecio.
Es papel consumido en trazas
Sin poema , sin nadie.
Si lamentas lo que existe,
Que harás con el inexistente
Y esa pasión tan fútil?
Será sueño , siempre sueños,
Irreales tan persistentes.
Llamamiento a las flores como eslabones,
Prendiéndome en ti como corriente.