Entre luares.

No bolso carregava ideias.

Pela casa vagavam versos e quadros inacabados.

Sua mente ora triste, ora eufórica,

costumava caminhar entre dias ensolarados

e noites de luar...

Oh! Lua bonita és...

Foi entre luares que a conheceu.

Foi no interstício daqueles dias inesquecíveis que o amor floresceu...

E juntos dançaram como amantes antigos,

e juntos amaram-se como estava escrito...

A casa, de ideias e sonhos não mais cabia.

A bela, a amada de todas a vidas,

a casa também preenchia...

Atormentado demais para entender

o que à volta acontecia,

_no enlevo dos enamorados estava_

a solidão da amada não percebia.

Foi no interstício dos luares que o amor morreu.

Chora o que não teve,

pobre alma perdida em desvarios adolescentes.

Amou demais e não cresceu.

Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 30/08/2010
Reeditado em 14/09/2018
Código do texto: T2469287
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.