Entre luares.
No bolso carregava ideias.
Pela casa vagavam versos e quadros inacabados.
Sua mente ora triste, ora eufórica,
costumava caminhar entre dias ensolarados
e noites de luar...
Oh! Lua bonita és...
Foi entre luares que a conheceu.
Foi no interstício daqueles dias inesquecíveis que o amor floresceu...
E juntos dançaram como amantes antigos,
e juntos amaram-se como estava escrito...
A casa, de ideias e sonhos não mais cabia.
A bela, a amada de todas a vidas,
a casa também preenchia...
Atormentado demais para entender
o que à volta acontecia,
_no enlevo dos enamorados estava_
a solidão da amada não percebia.
Foi no interstício dos luares que o amor morreu.
Chora o que não teve,
pobre alma perdida em desvarios adolescentes.
Amou demais e não cresceu.