NÃO TE TROUXE FLORES
NÃO TE TROUXE FLORES
Os brios, antes santos... Hoje passado
As barreiras, outrora densas... Agora pueris
Os estigmas, ontem sagrados... Neste instante, irrelevantes
As lanternas antes apagadas... Agora acesas
No principio, o verbo... Se algo te resta é predicado
Um sujeito oculto, inculto, indouto... Quase morto
Que em versos, muitos deles inversos
Batem às portas e te trazem o universo
Traziam também lágrimas... E também um conto
Sem um conto sequer, encantou-se com teu canto
E em um canto qualquer... Desnudou ao teu encanto
E a três passos dos teus braços... Cambaleou
Sorridente, pois esteve a três passos do sol
...Mas o sal o tragou
E a três passos do teu sorriso
Atirou-se novamente à dor
Não tocou em teus lábios, mas lembrou-se da vida
E a alguns instantes da vida se abrasou novamente com a morte
Sérgio Ildefonso 21/01/2007
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