NÃO TE TROUXE FLORES

NÃO TE TROUXE FLORES

Os brios, antes santos... Hoje passado

As barreiras, outrora densas... Agora pueris

Os estigmas, ontem sagrados... Neste instante, irrelevantes

As lanternas antes apagadas... Agora acesas

No principio, o verbo... Se algo te resta é predicado

Um sujeito oculto, inculto, indouto... Quase morto

Que em versos, muitos deles inversos

Batem às portas e te trazem o universo

Traziam também lágrimas... E também um conto

Sem um conto sequer, encantou-se com teu canto

E em um canto qualquer... Desnudou ao teu encanto

E a três passos dos teus braços... Cambaleou

Sorridente, pois esteve a três passos do sol

...Mas o sal o tragou

E a três passos do teu sorriso

Atirou-se novamente à dor

Não tocou em teus lábios, mas lembrou-se da vida

E a alguns instantes da vida se abrasou novamente com a morte

Sérgio Ildefonso 21/01/2007

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Sérgio Ildefonso
Enviado por Sérgio Ildefonso em 30/08/2010
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