SENHOR LUA

Era chamado de Senhor Lua

De tanto que rondava

O céu de sua amada...

Ela retribuía...

Despertava-se para ele,

Punha-se lacaia, catita

Irrestrita, se doava

Ele irrompia inabalável em

Minguante, crescente, cheia

Menos em nova... Nesta,

Ela quem esmaecia soturna...

Para cortejá-la, raiava

Imiscuia-se no mar, nos rios...

Refletia-se nítido, nas águas paradas

Tremulava disperso, nas mexidas

Quando o sol despontava,

Imperturbável, ele partia

E ela, exasperada, sonhava

A suspirar da noite eclipsada...