Escravo do amor

Os caminhos e o prazer eu desvendo

No teu corpo fremente de desejo

São evidentes os signos e sinais

São vias de mão dupla e de muitas mãos

Cuidado com as curvas, buzine na esquina

Não, aqui não mexa, mas ali se abrigue,

Aloje-se, albergue-se, se perca

Se ache, se esconda, desapareça...

Como num jogo depois eu lanço dados,

E dedos, e lábios, e língua e coxas

Olho nos teus olhos e leio “vem”

E avanço três casas pra seguir o jogo

Então me lanço num recuo

E me imobilizo, me ponho de castigo

Imóvel permaneço até que me libertes

E liberto fantasio em ser teu escravo.