DESILUSÃO CONCEDIDA
DESILUSÃO CONCEDIDA
Misturada aos espaços vagos
Do meu imenso campo da saudade
Procuro teus olhos, tua luz, teu toque
Encontro-os, mas não aqui, não agora
E não vem em minha direção
Flutuam como se a outro mundo pertencessem
A outro tempo, outra era, outro firmamento
E os meus passos, descompassados dos seus
Seguem pra longe, sempre pra bem longe
A agonia de te sentir aqui, escurece minha visão
Sufoca o meu coração, e me vejo só
Num abraço aos meus próprios braços
Segurando tão somente eu mesma
Com a calma disfarçada em desilusão concedida
Aceita, sem defesa, sem saída...