Encontro
Um corpo novo a nascer,
Sem alma, sem espírito, nem brilho.
Desce cá, então, um ardor
De sabe lá onde.
No belo corpo de bebê,
Aquela alma reencarna.
Cresce, vive e morre.
Novamente desolado,
Em seu mundo turbulento
Desce a Terra para
Mais uma vez voltar à vida.
Encontra um a nascer,
Mas este, brilho já tem.
Tenta, mesmo assim,
Do corpo se apoderar.
Mas duas almas não
Habitam este mundo unas.
Vai embora com pesar
Desejando se matar.
Mas como, se é alma a vagar?
Lembra, então, do novo brilho
De esplendor
Que, daquele corpo, o expulsou
Sem temor.
Encontra um vazio, para ele completar.
Cresce, vive e encontra
Mas que surpresa, o corpo
Que para si, queria tomar
Pois, ora, encontrou a gêmea do seu brilho.
Morrem, então, para sempre
A viver, em conjunção.