Contra tempo
Tudo parece tão diferente
Desde que fui até você,
E me entreguei aos teus pés,
E ví toda minha vida, diante de mim
Pra receber, suas miseráveis palavras,
As quais diariamente me atormentam,
E nem suas palavras me convenceram,
De que devo seguir em frente, de que preciso partir,
Mas, se eu disser que vou seguir minha vida,
E assim... Não te-lo dentro de mim
Diga-me,
Seria possível?
Meu coração não parece bater mais.
E se eu disser que não vou desistir?
Se eu disser que não quero ir embora?
Eu preciso disso,
Como a presença do ar aos meus pulmões,
Tão forte quanto minhas maiores necessidades...
Por favor! Não me digas que não,
Nem se apresse a dizer que sim.
Mas, não me digas a metade de cada um...
O que farei com cada metade?
(Não sei)
Quando teu cérebro lhe informou essas três palavras,
Senti um choque elétrico elevar meu corpo,
São essas palavras que refletem em meu pensamento,
Noites em claro...
Eu poderia lhe dizer, tudo que eu guardo aqui dentro...
Mas parece tão difícil. Indescifrável.
Porque isso lhe parece tão pouco,
E pra mim se torna tudo?
Porque se tornas a dizer que isso não te basta?
Se for tudo o que eu preciso?
Me diga amor,
Porque não ardes em paixão?
Como o meu coração arde?
Será que vou passar minha vida inteira,
Tentando buscar algo que eu não encontro explicações?
Mas...
E eu poderia viver minha vida inteira...
Nessa doce entrega,
Se você fosse minha recompensa,
No final do meu dia.
(Obrigada por lerem!)
Livía Mendonça.