AMO-TE

Amo-te, como quem ama sua vida,

escondida sob as pétalas da flor.

Busco cada dia mais do teu amor,

a preencher minh’alma esmaecida.

Amo-te, no vazio insano do infinito,

por detrás das máscaras que cobrem,

rostos perfeitos e que nunca se abrem,

mesmo que sejam realmente bonitos.

Amo-te, na beleza da cor da borboleta,

que em sua revoada nupcial se alucina.

E busco em teu jeito de mulher-menina,

minha última inspiração tão inquieta.

Amo-te, pelos confins de toda a poesia,

e pelos intrincados labirintos do saber,

no qual repousa toda a volúpia do ser,

em sua procura incessante da fantasia.

Amo-te, enfim, por todo este universo,

na infinda substância da aura angelical,

que me remete por sobre o mundo virtual,

e permite a mim que eu te faça este verso.

Marco Antonio Orsi

27.08.2010