Nunca mais

Eu preciso de ti

como um rio precisa de suas margens,

como o mar precisa de um rio...

Eu sonho contigo em dias claros,

é como um sol escaldante.

Luz intensa, calor que emana vida.

Eu necessito de ti...

como uma fotossíntese

Eu te busco em memórias, estampidos e lúcidas alienações,

eu peço você a Deus e aos arcanjos,

eu diminuo a saudade, ao dizer teu nome.

Eu aumento a vontade, ao pensar em ti.

Eu vejo teu rosto na foto da revista,

tua voz na letra da música,

tua alma na calma da vida intensa.

Eu careço de ti.

Como um feto em estágio de formação.

Afetos, aflitos e afoitos,

afora isso, apenas faço forças para te rever,

de relance, instantes...

puro devaneio.

És a noite que não cessa,

o frio insistente e perverso,

o calor mais brando....

e minh'alma pede ternura, aconchego.

Eu vivo a querer-te.

Desdobro minha dor em miúdas quimeras

a espera de um alento que provém de ti.

Sem esperanças,

vago vazio em mim,

e sem ti, sou espasmos de vida,

sopro na ventania....

Tempestades tórridas de lamúrias.

Eu te espero no calmo canto da minha

doidivanas vida,

ali, onde me deixaste quando me disseste

“nunca mais”.

VALBER DINIZ
Enviado por VALBER DINIZ em 27/08/2010
Reeditado em 11/01/2012
Código do texto: T2462875
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