FIZESTE-ME CHOVER!
Tu me fizeste chover
E inundei todo o meu ser
A partir do coração...
E esse tal verbo chover
É um verbo impessoal
Intransitivo e sem ligação
Tudo o que nos causa
É um grande mal
Só penso agora em ser mal
Pra me vingar do mundo cão!!!
Por que essa tempestade
Veio a mim pra promover
Uma terrível catástrofe
Que se fez nesta estrofe
E ainda irá se fazer canção?
Como hei de descrever
Ciclones e Cataclismos
Sem pensar nos egoísmos
Que não tem explicação?
Quando eu vinha, tu ias...
Quando eu cheguei, tu partias
Partindo, dilacerando
Este ser sem o teu perdão
Que passa à noite assustado
Passando os dias, calado
A sofrer na solidão...
Só açoites, sem alegria
Contaminado em nostalgia
Trucidado na emoção...
Que tal pensar em retrocesso,
Numa manobra, enfim, de 360 graus
Pra encerrar toda essa inglória
Que teve início e é sem fim
E sabemos o quanto é ruim,
Portanto, que seja assim:
Volto pra ti e tu pra mim!
Para Vereda, quando a minha ficha caiu depois que brigamos e ela se foi pra Jacobina e eu fiquei em Araci para cumprir minha sina, mas houve enfim o retrocesso e a nossa vida então é um sucesso...