“Conto Solitário”

Num conto solitário tem por testemunha

Apenas a lua, fim de tarde, no céu uma

Leve camada de nuvem semelhante a um

Véu cortinando as estrelas que timidamente

Sucumbem o brilho, destaca-se a lua teimosa

Meio sem brilho a decorar o horizonte,

Desperta o poeta a versejar singelos poemas,

Alçando a voz tão tímida e sem forças assim

Como a lua sem o prateado e as estrelas

Sem fulgor! No peito um coração carregado

De paixão batendo descompassado, no olhar

Uma solidão assolada feito o chão duro do

Deserto árido, um conto solitário

Testemunhado pelos astros que compartilham

Seus afetos permanentes num mundo de

Cumplicidade na solidão do poeta,

Mundo de total compaixão.

Joel Costadelli
Enviado por Joel Costadelli em 26/08/2010
Código do texto: T2460940