“Conto Solitário”
Num conto solitário tem por testemunha
Apenas a lua, fim de tarde, no céu uma
Leve camada de nuvem semelhante a um
Véu cortinando as estrelas que timidamente
Sucumbem o brilho, destaca-se a lua teimosa
Meio sem brilho a decorar o horizonte,
Desperta o poeta a versejar singelos poemas,
Alçando a voz tão tímida e sem forças assim
Como a lua sem o prateado e as estrelas
Sem fulgor! No peito um coração carregado
De paixão batendo descompassado, no olhar
Uma solidão assolada feito o chão duro do
Deserto árido, um conto solitário
Testemunhado pelos astros que compartilham
Seus afetos permanentes num mundo de
Cumplicidade na solidão do poeta,
Mundo de total compaixão.