Os Lírios do Meu Caminho

Estava muito frio no meu jardim. Era madrugada, comecei a caminhar entre as rosas, os cravos, cravinas e angélicas. Estava maravilhosa com seu porte angelical, eu estava deslumbrada com tanta beleza não ousava tocar em suas pétalas para não profanar a harmonia que o criador lhes tinha destinado. De repente, um perfume diferente começa a exalar pelo meu jardim. Comecei a procurar incessantemente aquele aroma suave, como o fresco da primavera baixei os olhos e deparei com belos e alvos lírios, majestosos macios que balançava ao vento com suas folhas verdes e retorcidas. Meus lírios estevam mais lindos ainda, cobertos pelas gotas de orvalhos transparentes e cristalina, eu estava diante de um espetáculo singelo, que surgia da terra arenosa e escura. para embelezar os casamentos, alegrar os coração e despertas os mais puros sentimentos. Comecei acariciá-los delicadamente, como fazer para colher alguns? Dos meus olhos começaram a correr lágrimas silenciosas. Eu não estava certa se deveria tomar esta atitude. Tirei vários lírios do meu jardim, os abracei carinhosamente e caminhei pela relva orvalhada até a capelinha do frei Galvão. Lá na igreja, estavam os jarros do altar vazios a espera dos meus lírios, fiquei inebriada diante do altar. Quando deparei com a imagem do frei Galvão, depositei a essência mais pura e iluminada do meu coração aos pés da minha querida imagem frei Galvão. O frade que se tornava o primeiro santo genuinamente brasileiro. Ali estava umas das mais belas madrugadas que passei em minha vida. Deus, guia meus passos até aquele local e de mãos dadas louvamos ao senhor.

Zilda Varejão de Lima
Enviado por Zilda Varejão de Lima em 26/08/2010
Reeditado em 04/04/2012
Código do texto: T2460357
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