Déjà Vu

DÉJÀ VU

São tantas as estrelas no céu,

São tantos os versos repetidos,

O assopro do vento, que lhe sacode o véu,

As frases de despedida,

As estacas no peito,

O fingimento perfeito,

As formas difusas,

As vertentes confusas,

Mas o sol sempre está em seu lugar,

E até mesmo a lua quando nova, também não se furta,

O que se foi é o que há de ser,

Os pecados de ontem,

Serão os mesmos que nos lançarão no inferno amanhã,

E ainda tomaremos café antes,

O mesmo café da manhã,

Servido em xícaras requentadas,

Como almas amaldiçoadas,

A se repetirem na razão dos dias,

Como um filme já visto,

Alguém que juramos conhecer,

Tormentos que teimamos reviver,

Se a reação é contínua...

A ação se repete,

Como o cosmos que se expande,

E a explosão primeira,

Um beijo que se repete,

Por um amor de uma vida inteira.

Sérgio Ildefonso 13.07.2007

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Sérgio Ildefonso
Enviado por Sérgio Ildefonso em 25/08/2010
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