Déjà Vu
DÉJÀ VU
São tantas as estrelas no céu,
São tantos os versos repetidos,
O assopro do vento, que lhe sacode o véu,
As frases de despedida,
As estacas no peito,
O fingimento perfeito,
As formas difusas,
As vertentes confusas,
Mas o sol sempre está em seu lugar,
E até mesmo a lua quando nova, também não se furta,
O que se foi é o que há de ser,
Os pecados de ontem,
Serão os mesmos que nos lançarão no inferno amanhã,
E ainda tomaremos café antes,
O mesmo café da manhã,
Servido em xícaras requentadas,
Como almas amaldiçoadas,
A se repetirem na razão dos dias,
Como um filme já visto,
Alguém que juramos conhecer,
Tormentos que teimamos reviver,
Se a reação é contínua...
A ação se repete,
Como o cosmos que se expande,
E a explosão primeira,
Um beijo que se repete,
Por um amor de uma vida inteira.
Sérgio Ildefonso 13.07.2007
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