NARCISO
Em qual espelho te contemplas?
Em qual riacho te deleitas?
Em quais braços te enleitas?
Em quais beijos te aquietas?
Pobre de mim, ele não me vê!
Mas sou a sombra lívida e fria,
que o acompanha e margeia.
Sou o som da maré cheia.
Em seu encalço me esquivo,
acompanho teus passos.
Logo à frente o embaraço:
Narciso em outros braços...
Deparo-me com a rival no rio,
ele curva-se tal qual carvalho,
diante da eminente tormenta.
Fica petrificado pelo espelho,
defronte sua própria beleza.
Minha rival não é humana,
é sua própria imagem no lago.
Ele se joga nos braços dela,
não me esforço para salvá-lo.
Morremos os dois, cada qual
à sua maneira pois como castigo:
viro Eco do minuano a espreitá-lo.
Incrustada, na rocha, a amá-lo.
Em qual espelho te contemplas?
Em qual riacho te deleitas?
Em quais braços te enleitas?
Em quais beijos te aquietas?
Pobre de mim, ele não me vê!
Mas sou a sombra lívida e fria,
que o acompanha e margeia.
Sou o som da maré cheia.
Em seu encalço me esquivo,
acompanho teus passos.
Logo à frente o embaraço:
Narciso em outros braços...
Deparo-me com a rival no rio,
ele curva-se tal qual carvalho,
diante da eminente tormenta.
Fica petrificado pelo espelho,
defronte sua própria beleza.
Minha rival não é humana,
é sua própria imagem no lago.
Ele se joga nos braços dela,
não me esforço para salvá-lo.
Morremos os dois, cada qual
à sua maneira pois como castigo:
viro Eco do minuano a espreitá-lo.
Incrustada, na rocha, a amá-lo.