Canto o desencanto
Meu poema é um som
Que ecoa, assim de pronto
Não me importo se o tom
Desafina ou fica torto
Minha alma grita
Na sede de se expressar
E eu nem sei ainda, acredita?
O que ela realmente quer falar
Parece apertada, ouço um gemido...
As vezes tristes, geme grave
Alterada, erra o sustenido
Apela pra que alguém a salve
Acredito que já entendi...
Ela precisa sair do sufoco
O sonho que nela prendi
Há tempo perdeu o foco
Então, recomeçarei o canto
Será doce, quase a ninhar
Pra enxugar todo o pranto
Que ela jorrou ao te amar!