ESPERA AMOR

Perco-me no abismo do teu olhar

Morrem flores neste entardecer

Perde-se Vida num constante acenar

Mas a esperança volta sempre a florescer.

O tempo é como rapaz novo, a correr

Torna minha solidão ainda maior

Já nem o corpo me quer obedecer

Resta o tempo de lembrarmos amor.

Perco coisas que aprendi a amar

O tempo é colete de forças que me põe à prova

Que me aperta sem cessar

Mas deixa ainda no meu peito uma emoção nova.

Perco-me no abismo do teu olhar

Olhas-me de medo de me ver cair

Hesitante de palavras mas com vontade de gritar

ESPERA AMOR... a noite mansa que há-de vir!?

E assim foi sempre entre o deitar e o dormir

A nossa festa com brilho e chama

Esquecidos do tempo do porvir

É nesta hora que a gente sempre se ama.

natalia nuno