Um poema doente

Fiz o poema anunciado!

Morreu o último verso feito para durar

ainda que em meu coração, a poesia o tempo achasse

a chorar, triste de saudade,

longe do amor de tudo.

Embalo e desencanto uma dor.

Um poeta declama alheios poemas,

o mar entra em cena e a alma me molha.

São alheios a mim esses prantos sem poesiae

e entre os olhos um coração vagueia em versos

onde nem mais a alma quer morar.

O olhar nublado culpa o choro.

Há abandono em tua dor; volte a sorrir,

beija teu espadachim, corta os meus caquis

e doce minha boca voltará a beijar novos motes,

entre os versos de toda tua sorte,

sobrevivendo, nós, a qualquer amor largado.