Pintura incolor
O meu âmago é um cisne negro
Arfando no lodo dos dias
Ao meu coração deste desterro
Deste-me o fim de minha alegria
Olhai-vos só como a dor ufana
No cabisbaixo olhar do amor
Eu sou um cego olhando a cor
Que nunca em minha tela mudou
Como veem tantos versos
Do poeta ímpio
Que conseguiste decompor...
Sem cor de pétalas
Como há flor
Em minha pintura incolor?