AMOR SORRATEIRO
Das cartas de amor
Relidas tantas vezes, restam-me palavras
Dobradas, que já não as compreendo mais;
A caverna é treva... A caneta dá voz ao verbo,
E o verbo é amor.
Do meu pensamento, a luz
Que me conduz,
E inflama
A flâmula
De minha alma...
Vida esfalfada de queixume...
Seu jeito de amar, sorrateiro,
Extravasa meu ciúme...
Manso camufla-se, em ti, o cântaro,
E meus gagos suspiros são meu espanto
Por ainda amar-te deste tanto...
(Áurea de Luz)
Das cartas de amor
Relidas tantas vezes, restam-me palavras
Dobradas, que já não as compreendo mais;
A caverna é treva... A caneta dá voz ao verbo,
E o verbo é amor.
Do meu pensamento, a luz
Que me conduz,
E inflama
A flâmula
De minha alma...
Vida esfalfada de queixume...
Seu jeito de amar, sorrateiro,
Extravasa meu ciúme...
Manso camufla-se, em ti, o cântaro,
E meus gagos suspiros são meu espanto
Por ainda amar-te deste tanto...
(Áurea de Luz)