Triste

É triste a tristeza do triste

Que sente perto do peito a voz que ninguém tem,

É triste o olhar do triste

Nessa vontade de querer lhe falar, declarando ao mundo

Essa tristeza de devaneio que só quer, me calar,

É triste se a solidão existe

Sendo assim o universo persiste

Descrevendo-me nesse frio que congela minha face,

É triste a quimera do triste

Que encontra nas nuvens a saudade em doce liberdade,

No aconchego de sonhos perdidos, soltos no ar,

É triste o Mor de todos os tristes

Que ama o que não consiste

Um coração que finge que ele não existe

Como é triste a tristeza do triste.

Que ama tristemente essa “bela” eloqüente.

Veno Neto
Enviado por Veno Neto em 20/08/2010
Código do texto: T2448707
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