Triste
É triste a tristeza do triste
Que sente perto do peito a voz que ninguém tem,
É triste o olhar do triste
Nessa vontade de querer lhe falar, declarando ao mundo
Essa tristeza de devaneio que só quer, me calar,
É triste se a solidão existe
Sendo assim o universo persiste
Descrevendo-me nesse frio que congela minha face,
É triste a quimera do triste
Que encontra nas nuvens a saudade em doce liberdade,
No aconchego de sonhos perdidos, soltos no ar,
É triste o Mor de todos os tristes
Que ama o que não consiste
Um coração que finge que ele não existe
Como é triste a tristeza do triste.
Que ama tristemente essa “bela” eloqüente.