Era assim, amava...

Era tão só, às vezes, no

Meio da multidão;

Ninguém sabia o quanto,

Sei que era muito e tanto;

Quimeras mil...

Se encantava com

Barquinhos de papel,

Bolhinhas de sabão e

Algodão doce;

Doçura e lembranças de

Alegria de criança;

Fugia dos fantasmas que

Aterrorizavam dores,culpas e

Medos, nunca conseguia;

Fazia-se segredo de

Tantos degredos e desejos;

Amava intensamente...

Conversava com a Lua,

Brincava com as estrelas,

Sentia-se no mar,

Filha de Iemanjá.

Marisa de Medeiros