Amor

conSentimento tácito, impávido,

relâmpago, vultoso, temeroso.

Querer ficar, sair, sumir, voltar.

Amor, nada igual, pessoal, apenas sentir.

Beijos quentes, calientes, sós...

Amor igual, diferente, de repente...

Amor,

A varanda, a rede, nós dois.

Eu e você, o mundo...

Amor, quem será que o sente?

Uma janela para o mar, palavras...

Dizer algo desconexo, ouvir a expressão mais tola,

ruir na dor eterna, sonhar um paraiso agora. Rir sem graça alguma.

Apenas amor...

Da mãe à cria inerte, da amante ao calor da sorte,

da esposa, da candida irmã, enfim.

Amor...

Bicho de estimação, estima a ação feito um bicho,

sedento, leviano, lascivo....

Calmo e sereno,

tórrido e morrendo, vivendo e querendo

a vida a cada vida, viver o imenso.

Vazio de si mesmo, repleto em si mesmo.

Amor, apenas amor.

Ausência de razões, com mil razões para exisitr.

Descompasso, desperdício, vício...

Amor, apenas isso

Amor sem dono, grihões acordados,

presas abatidas ao calor da lida,

apenas escravos, livres, nem tanto.

Loucos e arredios,

pasmos e insanos,

mornos ou quase santos, bonitinhos.

Amor do dia a dia, amor filosófico,

aquele que destrói, constrói. Castelos remotos.

Arrebata a alma, encadeia a chama plana,

imortal, eterno, poetizado, cantado, desprezível...

Línguas entrelaçadas, bocas sussurradas,

camas, lençóis, profissão...

Amor de novela, de contos de fada,

Apenas amor, e apenas mais nada.

VALBER DINIZ
Enviado por VALBER DINIZ em 19/08/2010
Reeditado em 06/05/2011
Código do texto: T2447548
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