EU FUI ALÉM DO AMOR

Quando me vi já não podia ser capaz de voltar a me ver

Pois a perda de todo poder era o único bem que a paixão me legou

O juízo levou e com ele migrou para além do horizonte esconder

Para ali me perder sob a luz da loucura que já me encontrou!

De repente a semente tornou-se raiz furiosa e faminta

Querendo que o fruto consinta em deter-se nas mesas do assédio

E escalonar o gigantesco prédio de uma novidade distinta

Esparramando volúpias qual tinta vivaz sobre o cinza do tédio!

Assim chegou o teu perfume que logrou revolução em meu olfato

Tornando-te rainha do meu tato, te elegendo vitalícia imperatriz

Doando o que não condiz, minimizando o vácuo que difere mito e fato

Lavrando irrevogável contrato que unifica meu querer e o que não quis!

Porque me caberia pela lógica da incoerência simplesmente te amar

Porém não era pra voar, tampouco deveria trespassar a imensidão

Seria algo de possível tradução e que milhões conseguem experimentar

Mas esse amor é de tal forma espetacular que já não tem e nem terá explicação!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 19/08/2010
Reeditado em 26/07/2012
Código do texto: T2447250
Classificação de conteúdo: seguro
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