O ESPELHO
DIANTE DO ESPELHO
VI O VÁCUO VERMELHO
DO MEU CORPO VAZIO
A DEAMBULAR CALADO
NO INFINITO CICATRIZADO
DAQUELE MUNDO FRIO.
MEU SEMBLANTE
NAQUELE INSTANTE
MOSTRAVA A DISTÂNCIA
QUE DESESPERANÇAVA
O OLHAR QUE SONHAVA
EM ABUNDÂNCIA.
VI NO CORPO A MAGIA
DA SAUDADE QUE ARDIA
NAQUELE VÁCUO OCULTO
DA ESTRADA ESCURA
ACALENTANDO A DESVENTURA
NO OLHAR SEM LAMENTO.
VI O RETRATO
AUTÊNTICO DO MALTRATO
NO ESPELHO OUVI TAMBÉM
A XEROX PERGUNTAR
QUANDO VOU AMAR
AQUELA QUE NÃO VÊM.