SEM SAIDA


Na encruzilhada nos encontramos,
paramos aturdidos, sem direção.
Cada qual com seu passado...pesamos.
Você carregava malas cheias de ilusão,
diferente da minha bagagem de mão...

Conversamos a linguagem fora da razão,
falamos com os olhos, com o coração.
A lucidez me sentenciou à pena máxima,
como se eu tivesse entrado sem permissão,
pela rota errada, na contramão!

Depois de sua carta de despedida,
não há mais poesia, só solidão.
Resignada, fugindo dos sentidos,
Indisposta, a percorrer caminhos,
por tantas outras já conhecidos.

Que morra evita, se o ar que respira,
já está impregnado de vã filosofia.
Não se vive de poemas, a realidade ensina
a não se perambular fazendo rimas,
para qualquer desconhecido pelo caminho.
Railda
Enviado por Railda em 19/08/2010
Reeditado em 26/07/2013
Código do texto: T2447160
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.