Poema Teu

Naquela mesa,

Um castiçal, um brinde tinto,

Uma caneta tinteiro

E uma folha a espera

Do estigma da voz

Colhendo frutos,

Semeando mitologia!

Sagrado envolvimento,

Dos luzos elementos

E a palavra proferida

Na graça do olhar

Firmado ao céu,

Encantando o coração!

Nasce a primeira estrela

Contando histórias,

Regando mandalas,

Renascendo em intuições,

Prosaicas, como o pássaro

No voo do anoitecer!

Sopram as brisas

Inventando nas nuvens,

Um balé, um quadro,

Um jeito de te ver

Em todos os tons arcanos,

Que o amor pode criar!

Naquela mesa

Uma vela, uma taça vazia,

E o poema teu!

Auber Fioravante Júnior

13/08/2010

Porto Alegre – RS