O VENTO
O vento agita as arvores,
Tal como tu os pensamentos,
Ele leva as nuvens carregadas,
Não de chuva, mas sim de palavras
Que perdem pelas ditas montanhas…
Pessoas pensam ser “Deus”
Julgam sem ao menos ler o “processo”
Uma sociedade na qual se tem apenas o que?
O que ela tem além de conceitos?
Dogmas, tais quais pregam aquilo que não vivem.
Anulando o hoje...
Vivendo o passado, o démodé.
O hoje não mais importa
Contando que seu ontem seja belo aos meus olhos
Caio no ridículo
Contexto...
Quem és tu para ludibriar falando do velho Eu
Ontem mesmo fui em meu funeral
Tu não estavas lá
Como hesita em dizer que sou o mesmo
Tardes de inverno à beira do D’ouro
Vendo a água se esvair rumo ao mar
Assim sou eu
Fruto de meus pensamentos
Grande como um imortal
Simples como uma criança
Sou eu vivendo de sonhos
Criando alguns
Matando outros
Pois no mundo dos sonhos
Só os fortes reinam
Eu sou FORTE!
Porto – Portugal,
Inverno 2008