O VENTO

O vento agita as arvores,

Tal como tu os pensamentos,

Ele leva as nuvens carregadas,

Não de chuva, mas sim de palavras

Que perdem pelas ditas montanhas…

Pessoas pensam ser “Deus”

Julgam sem ao menos ler o “processo”

Uma sociedade na qual se tem apenas o que?

O que ela tem além de conceitos?

Dogmas, tais quais pregam aquilo que não vivem.

Anulando o hoje...

Vivendo o passado, o démodé.

O hoje não mais importa

Contando que seu ontem seja belo aos meus olhos

Caio no ridículo

Contexto...

Quem és tu para ludibriar falando do velho Eu

Ontem mesmo fui em meu funeral

Tu não estavas lá

Como hesita em dizer que sou o mesmo

Tardes de inverno à beira do D’ouro

Vendo a água se esvair rumo ao mar

Assim sou eu

Fruto de meus pensamentos

Grande como um imortal

Simples como uma criança

Sou eu vivendo de sonhos

Criando alguns

Matando outros

Pois no mundo dos sonhos

Só os fortes reinam

Eu sou FORTE!

Porto – Portugal,

Inverno 2008

Renato D Oliveira
Enviado por Renato D Oliveira em 18/08/2010
Código do texto: T2445724
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