O VENTO
O vento agita as arvores,
Tal como tu os pensamentos,
Ele leva as nuvens carregadas,
Não de chuva, mas sim de palavras
Que perdem pelas ditas montanhas…
Pessoas pensam ser “Deus”
Julgam sem ao menos ler o “processo”
Uma sociedade na qual se tem apenas o que?
O que ela tem além de conceitos?
Dogmas, tais quais pregam aquilo que não vivem.
Anulando o hoje...
Vivendo o passado, o démodé.
O hoje não mais importa
Contando que seu ontem seja belo aos meus olhos
Caio no ridículo
Contexto...
Quem és tu para ludibriar falando do velho Eu
Ontem mesmo fui em meu funeral
Tu não estavas lá
Como hesita em dizer que sou o mesmo
O oceano nunca é o mesmo
Mesmo se estivermos na mesma coordenada
Novo é a água
Novo somos nós
Os algozes invadem-me
Traz-me de volta ao lago do esquecimento
Tentando afundar-me em duvidas
Invalidas tentativas
Torpes e vãs repetições
Admiro tua insensatez
Tua preocupação com os demais
E você?
Já parou para pensar sobre você?
É sempre assim...
Ligamos para os outros
Deixamos de nós mesmo
Está vã sociedade
É sempre assim
Foi sempre assim
Até quando?
Quando o vento
A fina brisa lhe tocar
Irás se lembrar de mim
E verás quão errado estavas
Serás tarde
Será uma aura ou tempestade
Será uma fala ou silêncio
Se após ser julgados por julga
Ainda tiver vida
Estarei aqui
Esperando uma resposta
Desta medíocre sociedade
Com sua obscura (in) sensatez
Uma realidade (ir) real
Ou seria real?
Estás disposto a julgar?
- Arrisque!